quinta-feira, 14 de junho de 2012

Onde está o problema, no elenco ou no esquema adotado?


É preciso acreditar, mas...

Desta vez, o técnico Oswaldo de Oliveira mostrou que pode ter ido longe demais. Ao alterar a equipe nas duas últimas partidas do Brasileirão, acabou por descompor o elenco que estava entrosado permitindo que o Cruzeiro virasse de forma espetacular um jogo que perdia por 2x0 e permitindo que o Náutico tivesse forças para superar o Glorioso nos Aflitos.


No treino desta manhã, o técnico alvinegro barrou Maicossuel para a entrada de Fellype Gabriel. 

Este, assim como Andrezinho, vem de um tempo de inatividade que pode prejudicar ainda mais o entrosamento em campo. 

Loco Abreu é outro que segue fora do time principal. Desta forma, os titulares treinaram com a seguinte formação: Jefferson, Lucas, Brinner, Fábio Ferreira e Lennon; Jadson (Lucas Zen), Renato, Vítor Júnior, Andrezinho e Fellype Gabriel; Herrera.


Esquema Tático

No esquema adotado, Maicossuel é quem mais sofre ao atuar fora de sua posição original. É sábido que o esquema 4-2-3-1 não é o preferido do meia-atacante, aliás, dependendo da escalação do time, perde-se força de maração bem como de criação. 

Em 2011, Herrera chegou a pedir para não ser escalado por estar jogando fora de posição e estar sendo duramente cobrado pelas chances desperdiçadas. Em contraposição, o Uruguaio Loco Abreu gostava do esquema por ter mais meias armadores o deixando em melhores condições de finalizar e, ao mesmo tempo, criavam condições para que o próprio atuasse como uma espécie de pivô.


Com as várias intervenções, perde-se o perfil conquistado e o esquema já tão contestado mais uma vez entra em rota de colisão com os principais jogadores do time.

É importante ressaltar que não é com várias opções que a qualidade surge, é na seleção das melhores peças assim como das mais versáteis que se conquista uma time coeso e capaz de surpreender/desequilibrar em momentos decisivos.

Oswaldo de Oliveira, que resolveu dividir com os jogadores a culpa das últimas derrotas, parece ter se esquecido que a responsabilidade maior é a dele que escala, que mantém e que barra de forma equivocada.



Bruno Velasco
Estudante de Jornalismo para o Aliança Esportiva

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