domingo, 23 de novembro de 2014

Macaé é campeão da Série C do Campeonato Brasileiro.

Equipe do Norte-Fluminense conquista a Série C do Campeonato Brasileiro.

Por José Renato Velasco

Merecido! Esta palavra sintetiza a brilhante conquista da equipe do Macaé. Após 15 anos, uma equipe do Rio de Janeiro voltou a levantar o caneco da Série C do Brasileirão. E foi com pompas e circunstâncias. Partidas decisivas com estádios lotados e equipes tradicionais do cenário nacional como adversários. Tudo para gratificar o empenho e dedicação do Macaé ao longo do semestre.

É campeão! Fonte: Divulgação

A campanha foi ascendente. Uma classificação esforçada na primeira fase com um quarto lugar em seu grupo e um embate importantíssimo e vitorioso diante do Fortaleza nas quartas, equipe de melhor desempenho até então. Ali estava cumprido o principal objetivo do Macaé no ano de 2014: o acesso para a Série B em 2015. No entanto, a equipe não se contentou e alçou vôos maiores. Superou o CRB nas semis e chegou a grande decisão para enfrentar a tradicional equipe do Paysandu, o Papão da Curuzu. 

O fantasma de anos anteriores pode ter assustado, levando-se em consideração o fato de a equipe nortista já ter sido pedra no sapato do Macaé na busca pelo acesso em 2012. Mas o desfecho foi diferente, a conquista veio com dois empates, um 1 x 1 no Rio de Janeiro e um 3 x 3 em Belém. Cabe aqui destacar o vitorioso e competente trabalho do treinador Josué Teixeira, eleito o melhor da Série C e peça chave para o excelente rendimento do grupo. 

Sempre muito solicito com a equipe do Aliança Esportiva, o treinador Josué Teixeira manteve-se convicto do potencial de seu grupo e da capacidade de brigar pelo título. Antes da partida de volta contra o Fortaleza, pela fase de quartas de finais da competição, o treinador participou ao vivo do Programa Aliança Esportiva. A missão era árdua, mas o seu discurso foi de confiança num grupo fechado, atuante e que comprou a ideia do treinador. Assim, o Macaé visitou o Fortaleza, arrancou um empate e a classificação, calando um público que deu belo espetáculo.

A partir dali, veio o CRB e uma convincente goleada. A competência, também aliada a sorte de campeão, estavam ao lado do Macaé. Chegou a grande decisão e o Paysandu conseguiu arrancar um empate. Pode ter sido frustante, mas depois de tudo que havia ocorrido, o título não poderia escorregar das mãos do Macaé. E, de fato, não escorregou!

Josué Teixeira, treinador do Macaé. Fonte Arquivo 
Que jogaço! Um 3 x 3 na partida decisiva de dar inveja a qualquer equipe de Série A. Pura emoção. O trânsito para acessar o estádio, a impossibilidade de realizar o aquecimento antes da partida por ter chegado atrasado e alguns outros aspectos enaltecem ainda mais essa importante vitória do Macaé. Parabéns a todos os envolvidos nessa importante conquista para o Rio de Janeiro. Avante, Macaé!

Acompanhem todos os detalhes dessa partida decisiva da Série C do Brasileirão no Programa Aliança Esportiva de hoje. A partir das 19h20min, você poderá conferir um show de informações, cobertura das Séries A, B e C, além de uma homenagem especial ao clube norte-fluminense. Basta acessar o site www.radioaliancafm.org e ficar ligadinho!

Aliança Esportiva - em sintonia com o esporte! 

domingo, 13 de julho de 2014

"A Copa das Copas" ou "O Último que Sair, Apaga a Luz"

- Por Guilherme Rezende, o desaparecido

Se estiver esperando um texto analítico-tático-jornalístico, procure as postagens dos outros amigos da mesa ou dê Alt+F4. Daqui só vai sair groselhas de um domingo a noite. E não, as opiniões descritas abaixo não são de responsabilidade dos outros membros, são minhas palavras mesmo.

Eu com meus 26 anos de idade tô me sentindo como se eu fosse um velho sentado em sua poltrona, com alguns anos de vida ainda pela frente e com um único pensamento na cabeça: nunca imaginei que ia ver isso. Mas aconteceu, minha gente: a Copa do Mundo aconteceu bem no nosso quintal. E quer saber de uma coisa? Gostei. E vou sentir falta. Não apenas dos feriados, dos dias de meio-expediente e tudo mais. Esse evento me proporcionou, várias coisas legais: tomei váááárias cervejas, revi pessoas que eu não via há muito tempo e de quebra, fiz com meus amigos uma bagunça musical - uma das coisas que mais amo fazer na vida e que não fazia desde o SEFERQ (Segundo Episódio Fatídico Envolvendo Roubo Qualificado).

Foi muito bacana ver na TV, na Internet e em outras mídias, todo o mundo reunido em nossa casa, pelo único propósito do "esporte" (sempre disse no Aliança Esportiva que futebol não é mais esporte, virou negócio). Várias nacionalidades se interagindo, brincando, sacaneando um ao outro sem que se perdesse a esportiva. Na boa, eu acho isso sensacional. A nossa torcida então, em dias de jogo do Brasil, deu "show". Entre aspas mesmo, porque gritar "leleô, BRASIL" ou "Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor" é pra quem só frequenta jogos de vôlei. Mas ver toda a galera cantando o hino, com força, com vontade, fazendo a veia saltar do pescoço foi lindo. Foi do cacete mesmo. Mandamos razoavelmente bem na torcida e no tratamento com os estrangeiros, embora eu seja do contra nesse aspecto.

Eu, particularmente, acho essa política da boa vizinhança um porre. Inúmeros foram os tweets preconceituosos de espanhóis, especificamente, enquanto nós tratamos todos a pão-de-ló aqui. Enfim...

Mas... e dentro de campo? Bom, o time que nos encantou na Copa das Confederações ano passado nem de longe parecia ser o mesmo da Copa desse ano.

A escolha do técnico, há algum tempo atrás já havia me deixado preocupado: Felipão ganhou a Copa de 2002, mas acabara de rebaixar o Palmeiras. Fiquei com essa pulga atrás da orelha um tempão, até começar a Copa das Confederações. E não é que a seleção tava dando tapa na cara pra cima dos desempregados na final? 3x0 incontestável, embora eu achando tudo aquilo meio esquisito... "como que essa seleção, ainda em formação consegue anular o Tiki-Taka?" OK, saímos vencedores e, acima de tudo, esperançosos.

Copa 2014: emoção verdadeira - creio eu - dos jogadores, aquele frio na barriga... 2 vitórias e 1 empate na fase de grupos. Não era de todo ruim. Fomos para o mata-mata, o que pra mim é obrigação. Veio o Chile e o que era pra ser uma oitava-de-final, virou sofrimento. Como se fosse final. E nesse dia, vi que a maionese ia desandar legal. Vi nosso capitão, que uns e outros chamam de "monstro" virar AMEBA na hora da cobrança de pênaltis, pedindo "pelamordeDeus" para não entrar na lista das cobranças. Júlio César - que de 2010 pra cá só sabe chorar - foi feliz em suas defesas e teve grande parcela de responsabilidade na classificação para as quartas. Em seguida, a Colômbia e seu Armeration. Não vi um jogo bonito, mas vencemos. Isso sem contar a lesão do Neymar, que jogou a pá de cal em cima da seleção.

Aí, amigo, veio o carrossel alemão que desmascarou a seleção brasileira. No 1 x 0 eu pensava, "Ok, dá tempo, tudo sob controle"... mas aí vieram 2, 3, 4, no 5 o camisa nova entra em desespero, dizendo "caraca, véio" e no 6° gol resolvi ligar meu PS3. Ficamos completamente estarrecidos com o que estava acontecendo. 7 x 1. O que era surpresa, logo virou lógica: afinal, de todos esses que nós enfrentamos antes... qual deles era bom, BOM mesmo? Pois é. Um possível alento para os mais otimistas veio na disputa de 3° lugar: 3 x 0 para a Holanda que "não tava nem aí mais para a competição". Time apático, sem raça.

Eu juro pra vocês que tava torcendo desde o jogo contra a Croácia, de verdade mesmo. Só que esse vexame me fez lembrar 98, que pra mim, foi a maior decepção que já vi da Seleção. Alguém salve o futebol brasileiro, alguém tranca essa corja toda dentro de uma sala e, façam com que eles saiam com uma solução pra essa papagaiada toda ou que saiam com o corpo roxo de tanta porrada, porque eles tão é merecendo. Ainda bem que pra salvar a festa, teve a Shakira gostosíssima e a Alemanha vencendo a Copa do Mundo em cima dos hermanos arrogantes. Agora, é hora da DR, e muito precisa ser discutido, revisto.

Para a alegria dos reacinhas e do Renan - o menino leite com pêra que queria ser black bloc, mas seu pai não deixa - a partir de amanhã #naovaitercopa. Voltemos à realidade, meu povo.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Reencontro com o Freguês.

 

Brasil enfrenta o Chile pelas Oitavas de Final da Copa do Mundo. Retrospecto é amplamente favorável a Seleção Brasileira.


Neste Sábado, Brasil e Chile se enfrentam no Estádio Mineirão ás 13:00 buscando uma vaga nas Quartas de Final da Copa do Mundo. Ao mesmo tempo que é um adversário complicado, de ótimo nível técnico e com bons jogadores em seu plantel, o Chile também é o adversário ideal para o Brasil encaixar um bom jogo e sair com a Classificação, pelo menos no retrospecto. Brasileiros e Chilenos já se enfrentaram em 3 oportunidades em Copas do Mundo, em todas o Brasil saiu vencedor com certa facilidade.

No primeiro encontro, na Copa de 1962, o Brasil derrotou o Chile em sua casa por 4 x 2. O segundo encontro ocorreu 36 anos depois, na Copa de 1998, exatamente na mesma fase em que as duas equipes se encontrarão neste Sábado: Oitavas de Final. Naquela oportunidade, nova vitória brasileira, por 4 x 1, com Ronaldo e Cesar Sampaio, cada um marcando 2 gols. Por fim, as equipes se encontraram na ultima Copa, em 2010, nova vitória tranquila, desta vez por 3 x 0, com gols de Juan, Luis Fabiano e Robinho. Em amistosos e jogos pelas Eliminatórias e Copa América, o Brasil também tem vencido os Chilenos com frequência. Ou seja, o Chile é um digno Freguês do Brasil. 

Muito mais que o retrospecto favorável, a característica de jogo do rival é o que favorece ainda mais o Brasil.  O estilo de jogo quase suicida, partindo pra cima e mantendo a posse de bola no campo adversário, favorecerá o contra-ataque em velocidade do Brasil quando a bola retomada, característica em excelência nos times de Felipão.  A marcação avançada, para não deixar o adversário jogar e também para roubar a bola o mais longe possível, é uma das características do jogo ofensivo feito pelos Chilenos, o que pode favorecer os lançamentos em profundidade buscando a velocidade de Neymar. 

 
Foto: FIFA

Embora gostem de manter a posse de bola, os chilenos também sabem contra-atacar muito bem. Com dois atacantes muito rápidos na frente, Alexis Sanchez e Vargas, se o Brasil der espaços, principalmente nas costas de seus laterais, correrá grandes perigos durante o jogo.

Já a defesa Chilena é seu grande ponto fraco. Se existem ótimos talentos nos demais setores, a zaga carece de qualidade.  Muito por isso, Sampaoli escala o chile com 3 zagueiros. Outro detalhe crucial do Chile é a altura de seus jogadores. Com a menor média de altura entre as 32 seleções da Copa, o Chile pode ser preza fácil para as bolas paradas do Brasil buscando Fred, Thiago Silva e David Luiz. 

 Olho Neles!



Alexis Sanches. Foto: Zimbio.com
Alexis Sanchez: atacante do Barcelona é o principal nome do Chile. Dribles,Velocidade, boa movimentação, assistências e gols É o jogador capaz de desequilibrar o jogo. Costuma distribuir  o jogo mais pelo meio, acionando Vargas ou Vidal, e se deslocar para a direita. 



  




Arturo Vidal. Foto: Supersport.com
Arturo VidalMeio-Campo da Juventus, de muita técnica e que joga sempre com muita determinação. É o principal articulador de jogadas do Chile e ainda aparece na área para concluir. É quase um 3° atacante da equipe.









Tática: 

 
A tendência é que Jorge Sampaoli adote uma defesa mais compacta, desta forma optará por 3 zagueiros, dando mais liberdade para Isla e Mena avançarem. Nessa composição, Vidal assume a criação, com Alexis Sánchez e Vargas no contra-ataque. Diaz é o volante que fica mais na contenção, enquanto Aranguiz sai mais para o jogo.