Croatas tentam superar últimos insucessos e mostrar que 3° lugar em 1998 não foi obra do acaso
O primeiro adversário do Brasil na caminhada rumo ao Hexacampeonato será a Croácia. Assim como em 2006, Brasileiros e Croatas estarão frente a frente logo na estreia, mais precisamente no dia 12 de Junho de 2014, na Arena Corinthians quando se dará a abertura da Copa do Mundo. Possivelmente a Croácia será o adversário mais complicado do Brasil na primeira fase, porém o desnível técnico é elevado e não deverá ser páreo para a Seleção Brasileira.
A fim de apresentar melhor os
adversários do Brasil, o Blog Aliança Esportiva irá esmiuçar detalhadamente
cada um deles, pelos aspectos técnicos, táticos e históricos, começando pela
Croácia.
A Croácia fez uma campanha de
altos e baixos nas eliminatórias europeias. Com 5 vitórias, 2 empates e 3
derrotas, 56% de aproveitamento e 2° colocação no grupo, os croatas se
classificaram para a repescagem, onde enfrentaram a Islândia e sacramentaram a
classificação com uma vitória por 2 x 0 em casa após empatar sem gols fora.
Jogadores da Croácia comemoram classificação. Foto: FIFA/Divulgação |
Embora possua jogadores atuando
nas principais Ligas do Mundo, a seleção Croata está longe de viver seus
melhores tempos. Sem ter se classificado para Copa de 2010 e eliminado na 1°
fase da Eurocopa 2012, a Copa do Mundo no Brasil é oportunidade de mostrar que
o futebol croata ainda vive.
Olho Nele!
Modric, o craque croata. Foto: Getty Images |
Outros jogadores de destaque são
Mario Mandzukic, goleador do Bayern de Munique, Darijo Srna, experiente lateral
com precisão nas bolas paradas e Eduardo da Silva, atacante brasileiro
naturalizado croata.
Tática
O técnico Igor Stimac vem
escalando a Croácia na maioria das ultimas partidas em um esquema 4-2-3-1 bem
definido, conforme se observa na imagem abaixo.
Uma linha defensiva com quatro jogadores. Os laterais avançam esporadicamente
ao ataque, mais pela direita com Srna. Esse pouco avanço é para os zagueiros
nunca ficarem desprotegidos, pois Corluka e Simunic são muito altos, ótimos no
jogo aéreo, mas pecam pela lentidão. No meio de campo, dois volantes a frente
da linha defensiva fazem o jogo fluir e 3 meias a frente abastecem o
centroavante Mandzukic, que alem de arrematar para o gol, também pode fazer a
função de pivô para um dos meias de trás finalizarem.
Detalhe para Modric, que neste
esquema atua com um 2° volante pela direita, mas tem liberdade tanto para
avançar pelo corredor direito, quanto para inverter de posição com Kovacic e se
tornar o meia mais avançado,surpreendendo a marcação adversária. Os meias que
jogam pelos lados (Eduardo e Perisic) podem entrar em diagonal para se
aproximar de Mandzukic ou avançarem a linha de fundo para levantar a bola na
área. Esses dois jogadores tem um função tática importante, pois quando eles
retornam para recompor a marcação, ajudam a proteger os laterais e incorporam
um sistema de marcação com duas linhas de quatro, transformando o esquema num
4-4-1-1 e dificultando a penetração do adversário.
No jogo contra o Brasil, o centroavante
Mandzukic estará suspenso (expulsão na repescagem), portanto o treinador Igor
Stimac pode adotar um esquema diferente, para explorar os contra-ataques em
velocidade. Com a entrada de Olic no ataque e Ilicevic no meio, adotando um
esquema 4-4-2, com duas linhas de quatro conforme se observa abaixo:
Neste esquema a linha defensiva
se mantém inalterada, porém os laterais ficam ainda mais protegidos pela
presença de dois meias abertos que recompõem pelos lados (Ilicevic e Peresic).
Modric continua sendo o cabeça do meio campo, só que desta vez possui dois
atacantes para municiar. Detalhe para a mudança tática que pode ser feita
durante a partida: Rakitic recuar como um volante centralizado na frente da
zaga e Modric atuar como meia mais avançado, para desta forma transformar a
linha quatro e um losango de meio de campo. Isso possibilitaria que Modric
pensasse o jogo mais na frente e seus passes e chutes levassem mais perigo ao
adversário. Ilicevic ficaria com funções mais defensivas.
Outro detalhe, é a presença de dois atacantes
de mobilidade, que se deslocarão e abrirão espaços na zaga adversária,
principalmente Eduardo, que deixa de ser o meia-esquerda do esquema anterior
para virar o atacante que “flutuará” por todos os cantos. Outra variação tática
possível é o avanço de Perisic para o ataque, compondo um linha de três
atacantes, mas é um variação pouco provável num jogo contra o Brasil
Retrospecto
A Croácia participou de três
Copas do Mundo (1998, 2002 e 2006). Ao todo foram 13 jogos, com 6 vitórias, 2
empates e 5 derrotas.
A melhor campanha aconteceu
em sua primeira participação, em 1998, quando a geração de Suker, Jarni,
Boksic, Prosinecki e Boban conseguiu a 3° colocação. Suker terminou aquela Copa
como artilheiro.
O único confronto entre Brasil e
Croácia em Copa do Mundo aconteceu em 2006. Vitória magra por 1 X 0 em Berlim.
Jogo complicado definido com um belo gol de Kaká, que pode ser assistido
abaixo:
Expectativa para o Confronto
O Brasil possui um favoritismo
destacado para o confronto. Tem mais time, é mais organizado e jogará com o
apoio do torcedor. O nervosismo da estreia pode amarrar um pouco o jogo, mas a tendência
é a maior qualidade do Brasil sobressair. É importante não entrar no clima de
Oba-oba de que o adversário é fácil , respeitar e ter concentração máxima antes
e durante o jogo. Explorar as jogadas em velocidade com Neymar e Bernard,
evitar abusar de bolas longas e vigiar de perto Luka Modric para que ele não
articule o jogo croata. Feito isso, a vitória virá.
A Seleção do México, segunda adversária do Brasil será a próxima analise do blog. Até lá!
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