Uma reflexão sobre as condições que envolvem o trajeto para o Estádio Olímpico João Havelange
Foto: José Renato Velasco. Guerreiros torcedores apóiam o Botafogo |
Por Thiago Cruz
Na ultima Quinta-Feira, a equipe
do Aliança Esportiva, representada por Thiago Cruz e José Renato, esteve no Estádio Olímpico João Havelange, o
Engenhão, para acompanhar o jogo entre Botafogo e Internacional, válido pela
24° rodada do Campeonato Brasileiro.
Além de assistir a partida, o intuito era entender um pouco as razões do
fracasso de público no Estádio no Brasileirão.
O jogo estava marcado para às 21h
e embora a estimativa de publico não passasse de 15 mil pessoas, decidimos sair
de São Gonçalo às 17h, para assim comprar o ingresso e entrar no estádio com
tranquilidade. Ás 18h50min já estávamos
na Central e pegamos o Trem em horário de pico, completamente lotado. Apesar de
todo desconforto e transtorno, chegamos ao Engenhão com boa margem de tempo e
tranquilamente pudemos comprar os ingressos, adentrando ao Engenhão com 40
minutos de antecedência.
Embora este jogo não sirva de
parâmetro, em virtude do publico reduzido (cerca de 11mil presentes), ficou
claro que em jogos de maior apelo, acima de 25 mil presentes, as dificuldades
seriam maiores. Principalmente por causa da cultura do torcedor carioca.
Primeiro por que poucos estão acostumados a se planejar e preferem deixar para
comprar ingressos na ultima hora. Complica o fato de no Engenhão não haver
guichês suficientes e com rapidez de operação para comportar um público maior. E
segundo, por que ao chegarem antes ao estádio, ficam do lado de fora, bebendo
sua cerveja ou fazendo um lanche, e deixam para entrar em cima da hora do jogo.
Esse problema poderia ser amenizado se o preço da comida e das bebidas não
fossem tão abusivos dentro do Estádio, o que os obrigam a gastar do lado de
fora.
Foto: José Renato Velasco. Zagueiro observa ataque colorado |
Após o fim do jogo, com o empate
em 1 a 1, partimos de volta e evidenciamos as dificuldades sofridas por quem
mora “do outro lado da poça”. Primeiro pela ausência de Vans com destino a
Niterói, que nos obrigou a retornar de Trem. Embora o Trem não estivesse cheio
como na ida, a demora de partir foi irritante, apenas as 23h30min começou
viagem. Chegando na Central, quase a Meia-Noite, nenhuma Van para o terminal de
Niterói, tão pouco Ônibus direto para São Gonçalo. A única alternativa foi
pegar um Ônibus com destino a Camboinhas, que nos deixou há quase 1km de
distancia de um ponto com condução para São Gonçalo. Esse 1 km tivemos que
caminhar numa rua escura e completamente vazia até chegar ao objetivo. Mais 10
minutos de espera até aparecer algum ônibus para São Gonçalo, e assim,
finalmente voltar para casa às 1h da manhã.
Foto: José Renato Velasco. Escalação interativa foi aprovada. |
Tanto sufoco para retornar,
apesar do jogo não ser no pior dos horários, que é ás 22h, e sem ter público
elevado. Então, por que o Engenhão não caiu no gosto do torcedor? O principal
problema não é do estádio, que é muito bem feito e bonito. O problema é de
ordem pública. Não há uma logística bem feita para que os torcedores consigam
transportes para retornar as suas casas após a partida, o que dificulta a
presença daqueles que precisam acordar cedo no dia seguinte para trabalhar. Por
isso, há tanta saudade do Maracanã, um estádio muito mais funcional, com maior
facilidade de transporte e deslocamento para outras regiões.
Ótimo texto que evidencia as dificuldades. São erros para todos os lados. Poder público, clubes e autoridades não dão suporte para que o torcedor tenha um espetáculo de qualidade.
ResponderExcluirPra eu que moro na região dos lagos então.. KKKKK morreria pelo rio
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