segunda-feira, 26 de março de 2012

 Será que o Brasil ainda é um celeiro de Craques?


 Por Alexandre Werneck

Caros amigos leitores, gostaria de convidá-los para uma grande reflexão sobre o que vem acontecendo com as jovens promessas do futebol. Recentemente, várias revelações não chegaram nem perto do que  se esperavam delas. Talento não faltava, mas o que os atrapalharam? O que aconteceu com Robinho, Diego, Alexandre Pato, Carlos Alberto, entre tantos outros? E tem ainda aqueles que conseguiram brilhar no exterior, mas, por problemas extra-campos, deixaram a carreira de lado, como Adriano,Ronaldo Gaúcho,Jobson, etc.

Caro amigos, alguns criticos justificam que tais fatos acontem porque tais jogadores saíram muito cedo do país, outros apontam que, como ganharam dinheiro rápido, o sucesso pesou na parte psicológica. Há também jogadores que perderam o tesão por conquistarem tudo ou simplesmente por falta de profissionalismo.

A confirmação de tais hipóteses enunciadas acima, infelizmente, não podem ser confirmadas por mim, mas, certamente, esse cenário vêm se refletindo na seleção Brasileira. Ultimamente, o selecionado nacional vem acumulando fiascos atrás de fiascos, e vemos, cada vez mais, os nossos jovens admirando ídolos de fora do país, como Messi e Cristiano Ronaldo. Não que a garotada esteja errada, mas sou de um tempo que, mesmo com craques de outras nacionalidades, existiam jogadores como Romário, Edmundo, Ronaldo, Rivaldo, Zico, Junior, Adílio, Sócrates, Raí, entre tantos outros que justificam a posição do Brasil como fábrica de craques. E digo mais, jogadores que não se intimidavam com adversários, chamavam a responsabilidade para si e mostravam que  o Brasil erra um expoente de bons jogadores.

Alguns dizem o futebol modificou-se, mas o que vejo é que o time da moda, o Barcelona, não faz nada mais que a seleção do Brasil de 82 apresentou, que é manter  a posse de bola, atacar com calma e inteligência, além de pressionar o adversário, induzindo-o ao erro. Faço-me valer  de um velho bordão: "Quem corre é a bola!".

Acredito que, ao invés de copiar ou imitar a forma estrangeira de jogar, deveríamos olhar para trás e resgatar a nossa história. Falta aquela ousadia que jogadores como Romário e Ronaldo apresentaram durante a década de 90. Hoje os nossos jogadores têm medo de ousar num lance .Muitos leitores, ao se depararem com esse trecho, falarão do Neymar que nos brinda com seus dribles e jogadas sensacionais, mas como toda regra têm exceção, o jogador santista, por enquanto, é uma delas.

Não sou saudosista , apenas quero a devolução da seleção brasileira que conheci, e não uma com um monte de brutamonte que só sabem bater. É fundamental que sabiam jogar e, além de tudo, que não deixem o extra-campo atrapalhar suas carreiras. Romário tinha a fama da noite, não gostava de treinar e sempre fazia a diferença. Sou realista e sei que não existirão outros Romários, Pelés e Zicos, mas quero jogadores que chamem a responsabilidade.


Retomando nosso assunto principal, uma parcela de culpa das jovens promessas não virarem realidade é da impressa esportiva que, da mesma forma que exaltam o desempenho do garoto, também "cava a cova", extrapolando algumas vezes com exposições desnecessárias.

Não quero ser o dono dá verdade, apenas lançar uma reflexão crítica acerca do momento atual do futebol brasileiro e suas perspectivas de futuro. Grande abraço e até a próxima.

3 comentários:

  1. Com certeza nenhum País produz como o Brasil podemos até diminuir mais nunca parar,o BRASIL é como o EUA no Basquete elite a cada convocação pinta um jogador novo ao contrarios dos outros que demoram anos p/ lançar novidades...

    Rodrigo Franco

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  2. Excelente post Werneck. Também acho que parte da culpa de nossas joias estarem afundando em suas próprias ações e da impressa, que cedo demais acabam comparando jovens com dons que precisam ser lapidados com nossos velhos e imortais craques que faziam a diferença. Tenho que dar o braço a torcer quando falam do nosso querido Neymar, que e um jogador brilhante, parte pra cima sem medo e nem piedade, mas ouso-me a dizer que igual a ele não temos mas ninguém. Nosso ilustre P.H. Ganso quando não está machucado, está no reves de sua saida ou não saida do santos, o que está atrapalhando e muito dentro de campo. Temo em dizer que foram os tempos eu que tinhamos, Romario e Bebeto, Ronaldo e Rivaldo, Pelé e Rivelino, enfim. Será que nossos dias de fabrica de craques está acabando ou apenas os craques esqueceram que eles podem ser mais? Esperando um futuro melhor encerro meu comentário. Abraços aos Amigos do Aliança Esportiva.

    Para nossaaa Alegriaaa.

    Jader Ventapane

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  3. Aqui é o Vinícius Perazzini, do LANCENET!, amigo do José Renato. Gostei de ver o blog. Para mudar a forma de a Seleção jogar, Mano precisa chamar os melhores. Hoje, Ronaldinho não está entre eles. Com muito tempo já no cargo, o treinador não chegou direito ao time base. Assim não há bom futebol que apareça. Forte abraço!

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