quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A vez da base...

Chega a vez de os clubes se mostrarem realmente grandes.

Competição Tradicional que abre o Calendário do Futebol.
Todo início de ano é sempre do mesmo jeito. A Copa São Paulo de Futebol Jr. vem nos presentear com os craques do futuro.

Para alguns, a competição começa no desafio de enfrentar rodovias e a distância e passar a virada do ano longe de casa. Contudo, o sonho não pode sucumbir à realidade. Assim, os "meninos" se lançam atrás de seus ideais. Mas o lugar ao sol é difícil e não cabe tantos. Mesmo assim, não desanimam.

A primeira rodada da competição é um misto de alegria, realização e ansiedade. Muitos ainda não tem o contato estreito com os holofotes e os microfones. A timidez frente às câmeras ora contrasta com jogadas audaciosas.

A chamada BASE do Futebol se mostra e muitas vezes nos confundimos ao tentarmos entender quem são os clubes grandes. Na Copa São Paulo de Futebol Jr. grandes são os que se lançam a conquistas maiores e sempre. A tradição não faz a vez. Na edição de 2012, Flamengo e São Paulo foram eliminados na primeira fase. O Vasco da Gama depende de resultados de outras agremiações. Enquanto isso, o Taubaté já lista entre os classificados.

Na hora de se mostrar grande, os Tradicionais Clubes do Brasil pecam por não se programarem para estas competições. Fato curioso é o do Botafogo. O time de Juniores foi Campeão Carioca em 2011 e pela primeira vez listou entre os 3 maiores do Brasileiro Sub-20. 

Meninos do Botafogo comemoram Título Carioca de 2011.
Toda este resultado advém de um planejamento ímpar. Excursões pela Europa. Duelos contra grandes equipes do Brasil e do Mundo. Assim, ajuda-se a nivelar-se com o bom futebol. Em contrapartida, a Equipe Profissional do Botafogo amargou eliminações maduras no Estadual 2011 - onde sequer disputal finais de turno, tendo sido eliminado da Copa do Brasil de forma infame para o Avaí e tendo deixado escapar o planejamento - que até então parecia ser bom - na SulAmericana e no Brasileirão 2011.

Na terra do Futebol, onde exporta-se craques como em nenhum outro lugar. Onde os campos são basicamente de terra batida, o futebol sobrevive. Frank de Boer, ex-jogador da Holanda, atual técnico do Ajax, diz não entender o porquê disso tudo. Na Europa, pequenas equipes tem CTs incríveis. No Brasil apenas times e quando se tem.

Enquanto a Base não for levada a sério e enquanto não passar a ser base para o projeto profissional da equipe, o futebol contará apenas com nossas paixões em vez de agregar valores e realidades.



Estudante de Jornalismo para o Aliança Esportiva

2 comentários:

  1. A base deve ser valorizada sempre! Vejo poucos dirigentes preocupados em lançar maior atenção sobre os meninos e a Copinha tem ficado a mercê de times de empresários que querem a todo custo revelar jogadores.No que se refere a realidade do futebol do RJ, percebe-se já uma mudança de paradigma. Rodrigo Caetano já declarou a intenção de também dedicar-se à base, o Botafogo tem figurado como destaque (como fora relatado no texto), o Flamengo levou o bom jogador Adrian que já é uma realidade e o Vasco apresentou o habilidoso John Cley e o também o filho do baixinho. Acho que haverá mudança! Vamos voltar a dar valor a prata da casa e não tratá-los apenas como mercadorias.

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  2. Bom dia galera da Radio Aliança!!!

    Realmente estamos vendo a dificuldade dos clubes de compor um elenco a carência por novos talentos é muito grande, esse é o grande motivo de os clubes garimparem os países vizinhos c/ custos mais baixos que o do Brasil; Os times Brasileiros ñ conseguem segurar por muito tempo um novo talento que pinta no clube logo são vendidos e com isso nos vemos carentes fabricando materia prima passando por um valor baixo e depois comprando novamente muito mais valorizado.

    Rodrigo Franco

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