Londres 2012

Prata com gosto de que poderia ter dado certo.

Hulk foi o destaque positivo do Brasil na final. .
Uma Seleção Brasileira sempre é contestada quanto aos seus conceitos e estratégias. Hoje, o Brasil entrou em campo mais uma vez para disputar o Ouro Olímpico no futebol. Algo ainda inédito para o único país Pentacampeão no Futebol, para o México também.

Com tudo e contudo, a displicência e a soberba jogaram com a Seleção de Mano Menezes. HULK, que seria o maior destaque na partida final, foi barrado por Leandro Damião. Este, por sua vez, atuou em confrontos mais fáceis que o projetou à condição de titular.

Mas em uma seleção em que LUCAS é reserva, que PATO sequer é opção, é difícil entender critérios... Há quem diga que não daria para escalar todos juntos, mas como em 70 foi possível?  

O selecionado atual tem Ganso, menino que esqueceu de jogar bola desde que ROBINHO se foi do Santos, na era Dorival Jr. Aliás, poque ROBINHO não é mais convocado mesmo?

Entre egos, valores e vaidades, o Brasil esqueceu-se que só havia ganho do México, em 1997, com Zagallo, Edumundo & Cia na Copa América. De lá pra cá, mais nada... E hoje não foi diferente. O Brasil entrou e caiu nos laços de suas próprias chuteiras.

Rafael, lateral direito, de forma displicente recuou uma bola sem velocidade para Sandro que demorou a ter alguma reação, até por conta do lance inesperado. Chegou atrasado na dividida, sequer fez falta. A zaga estava descomposta. O México não: 1x0.

O resto do primeiro tempo só teve alguma relevância quando o jogador que iria mudar a realidade do jogo foi a campo. HULK entrou aos 30min do primeiro tempo, no lugar de Alecsandro. Hulk deu movimentação, velocidade e mudou o panorama do jogo. Arriscou um belo chute de fora da área, dando trabalho - enfim - ao goleiro mexicano.

Veio o segundo tempo, e num lance duvidoso, Thiago Silva foi mal. O atacante ganhou a dividida, a bola tocou em seu braço. o Goleiro Rafael ficou pelo caminho. E de meia bicicleta, a bola foi parar no travessão. Os mexicanos estavam, até então, ensinando aos brasileiros que inventaram a bicicleta a utilizá-la.

Os primeiros quinze minutos mostraram um Brasil mais aguerrido.  Aos poucos as chances foram se apresentando. Sempre oriundas de jogados de Hulk. No primeiro bom momento, a bola sobrou para Neymar que isolou a bola.

Num momento posterior, Hulk cruzou para Damião que estranhamente errou o cabeceio, quando talvez o mais fácil fosse tocar de coxa como os grandes atacantes teriam feito. Mas coroamento pelo compromisso do camisa 12 estava por vir.

Aos 25min, Mano sacou Sandro para entrada de Alexandre Pato. Aos 29min, após infantil 'cama-de-gato' cometida por Marcelo - justamente em frente ao assistente - na lateral do campo, os mexicanos se aproveitaram de mais uma falha da equipe brasileira. A marcação falhou e o México marcou seu segundo gol.
Aos 38min da segunda etapa, Juan conquistou os espectadores e o país que além de um bom futebol gostaria de ver raça e coração na ponta da chuteira. Após nova bobeira de Rafael, que quis sair jogando 'de letra', o zagueiro deu uma bronca do tamanho da frustação do país que via mais uma vez o sonho se desfazer. Imaturo, Rafael "peitou" o zagueiro e acabou substituído por Lucas. Saiu aplaudindo não se sabe o que..., mas vaiado por todo estádio.

Com Lucas, o Brasil passou a ter mais opções ofensivas. E ao conseguir encaixar um contra-ataque rápido, Hulk foi lançado, invadiu a área e finalizou com maestria. Já estávamos nos minutos de acréscimo da partida. Mas ainda restou um último suspiro. Neste momento, Pato já estava em campo, mas quisera os Deuses do Futebol que a bola sobrasse para Oscar. Livre, no primeiro "pau", escorou para fora as chances do Brasil de empatar a partida e levar o jogo para a prorrogação.

No tiro de meta, acabou mais uma vez a chance do Brasil de ganhar o ouro inédito. Agora é a vez dos comentários, das resenhas. Um comentarista esportivo de uma das emissoras oficiais quis absolver o Rafael - culpado pelo primeiro gol - mas quis culpar Hulk pelo segundo. O narrador não se fez de rogado e discordou ao vivo, perguntando: "- era dever do Hulk marcar o principal atacante mexicano ?".


FICHA TÉCNICA de BRASIL 1 x 2 MÉXICO
Local:   Estádio de Wembley, em Londres (Inglaterra)
Data: 11 de agosto de 2012, sábado
Horário: 11 horas (de Brasília)
Público: 86.162 espectadores

BRASIL: Gabriel; Rafael (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Alexandre Pato), Rômulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião
Técnico: Mano Menezes

MÉXICO: Corona; Israel Jiménez (Vidrio), Mier, Reyes e Chávez; Enríquez e Salcido; Aquino (Ponce), Herrera e Fabian; Peralta (Raul Jiménez).
Técnico: Luis Fernando Tena.

Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Stephen Child e Simon Beck (ambos ingleses)

Cartões amarelos: Marcelo e Leandro Damião (Brasil); Vidrio, Reyes e Israel Jiménez (México)
Gols:  BRASIL: Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo. MÉXICO: Peralta, aos 30 segundos do primeiro tempo e aos 30 minutos do segundo tempo.



Bruno Velasco
Estudante de Jornalismo para o Aliança Esportiva.


Um comentário:

  1. NUNCA GOSTEI DO DUNGA ,COMO TÉCNICO,PORÉM,GOSTO DE UMA FRASE MARCANTE; COMPROMETIMENTO !!! FALTOU ISSO À SELEÇÃO OLÍMPICA,VAIDADE EXCESSIVA,FIRULAS,FALTA DE HUMILDADE, E AINDA COM A INFELIZ SORTE ,DE TER COMO COMANDANTE UM TAL DE MANO !!!

    ResponderExcluir